Aquela recomendação que a grande maioria dos universitários já ouviu antes: um estágio é uma ótima maneira de começar a sua carreira em uma empresa. Você não somente adquire experiência concreta de trabalho que lhe será útil no futuro, mas também permite estabelecer relações profissionais dentro da empresa, que podem perdurar por anos. No melhor dos cenários, você pode até terminar recebendo uma proposta de trabalho.
E foi isso que aconteceu com Emily T. e Ricky R., que estagiaram na Meta e hoje são engenheiras de software dentro da organização. A Emily, radicada em Londres, estagiou por 12 semanas em 2019 e há sete meses ocupa uma função de cargo integral. A Ricky, por sua vez, estagiou em 2017 e se tornou funcionária da Meta um ano depois.
Aqui, elas compartilham como foi conseguir o estágio, quais foram os principais elementos para seu sucesso na Meta e o que elas recomendam a outros engenheiros de software interessados em seguir uma carreira similar.
Como você conseguiu o estágio na Meta?
Emily: Eu me formei em física, com complementação (minor) em química e biologia em uma universidade francesa. Trabalhei em várias startups e pequenas empresas quando era estudante, mas eu queria mesmo uma posição em uma empresa internacional para crescer como engenheira e trabalhar em um ambiente multicultural.
Em outubro de 2018, me inscrevi no programa de estágio da Meta em Londres. Eu não conhecia ninguém que trabalhasse na Meta, então eu apliquei sem ter referências. Em novembro um recrutador entrou em contato comigo por email. Eu não esperava que me retornassem e quase não vi o e-mail. Foi minha mulher quem me ligou para dizer que minha aplicação tinha sido selecionada para continuar o processo. Fiquei feliz da vida!
Eu tinha ouvido que os processos de entrevista eram longos e difíceis nas grandes companhias de tecnologia do Vale do Silício, mas o processo de entrevista na Meta foi mais simples do que imaginei: duas entrevistas de 45 minutos, cada uma com dois problemas técnicos a serem resolvidos. A Meta oferece ótimas ferramentas para se preparar para as entrevistas, o que foi muito útil. Eu comprei em exemplar do livro Cracking the Coding Interview e comecei a me preparar uma semana mais ou menos antes da primeira entrevista. Levou menos de duas semanas para receber uma proposta após a primeira entrevista.
Ricky: A minha formação foi interdisciplinar, com graduação em design gráfico computacional, ciência da computação e Belas Artes na Faculdade de Engenharia e Ciência Aplicada da Universidade da Pensilvânia. Eu estava aplicando para vagas de estágio em companhias de tecnologia no Vale do Silício após meu penúltimo ano de faculdade, e eu tinha uma colega que se formou no mesmo programa que eu e que estava trabalhando na Meta. Pedi a ela que me indicasse através do programa de indicassões para o programa de estágio de Engenharia de Software. Dois meses depois recebi um e-mail do recrutador da Meta me comunicando sobre o processo de entrevista e, após umas rodadas de entrevista técnica por telefone, recebi uma proposta. Após aceitar a proposta, pedi para trabalhar com a equipe de Oculus para trabalhar em um projeto relacionado a gráficos durante meu estágio. Por conta disso, eu tive de passar por outra entrevista técnica com um engenheiro do time de Oculus.
Como estagiário, o que mais te chamou a atenção sobre a cultura da Meta?
Emily: Inicialmente meu interesse na Meta vinha da missão da companhia de ajudar as pessoas a construir comunidades e aproximar o mundo. Mas após o estágio, foram as pessoas que conheci que me fizeram querer ficar na empresa de forma integral. Todos os dias durante o meu estágio eu interagia com pessoas que eu não só gostava de estar perto mas que também aprendia com eles. Minha mentora acabou se tornando minha amiga com quem converso todos os dias. Ela me ajudou a crescer como engenheira, compartilhando conhecimentos inestimáveis, como, por exemplo, como gerir em grande escala, como avançar o seu trabalho, como concretizar suas ideias e como mediar situações difíceis com seus colegas.
Ricky: O que me impressionou foi a transparência dos líderes. Quando entrei no time de Oculus como estagiário, os executivos da Meta eram muito abertos com relação aos objetivos da companhia. E, em vez de permanecer em uma bolha de Oculus, eu consegui ter uma visão geral sólida de como a companhia funciona como um todo.
Como a Meta ajuda seus estagiários a crescer e se desenvolver?
Ricky: A cultura de feedback constante da Meta me ajudou a crescer como engenheira de software. Durante a primeira metade do meu estágio, os temas eram novidades para mim e não foi fácil. Mas tive a sorte de estar em um time de engenheiros seniores que estavam dispostos a me ajudar. O meu gerente também me deu apoio e me orientou como eu poderia melhorar. Ele fez do meu crescimento pessoal uma prioridade.
Por que seu estágio na Meta foi especialmente gratificante?
Emily: Me alocaram em uma equipe de infraestrutura de produto. Embora eu tivesse pouca experiência nessa área, eu já tinha um bom conhecimento de infraestrutura e pude contribuir logo depois. O impacto que consegui no estágio foi significativo. Na Meta, as pessoas não olham para a senioridade ou experiência – todo mundo tem o seu valor. Como estagiária, eu ia para reuniões com engenheiros que eram bem sêniores, sem eu saber, e compartilhei ideias que acabaram sendo implementadas. Durante o estágio, eu trabalhei no reposicionamento de um dos produtos da companhia, o Workplace, que teve um grande impacto e mudou a visão do produto por completo. Como estagiária, foi incrível ter essa oportunidade de influenciar um produto tão novo.
Ricky: Eu trabalhei em vários projetos impactantes e fui capaz de escrever muitos códigos para eles. Quando passei para tempo integral, tive a chance de participar em hackathons, como, por exemplo, o hackathon Oculus Quest Jam que aconteceu logo depois do seu lançamento. Foi uma oportunidade incrível, uma experiência única de estar a frente do desenvolvimento com os gerentes de projeto e os líderes sêniores que participaram do evento. Até na companhia do time veterano, as minhas opiniões sobre programação e produto eram encorajadas. Eu sempre tive voz nas reuniões na Meta.
Na sua opinião, qual foi a chave do seu sucesso como estagiário?
Emily: Meu processo de integração na área de tecnologia da Meta foi bastante desafiador, e tive muita sorte em trabalhar com engenheiros abertos e sempre dispostos a me ajudar com minhas dúvidas. De forma geral, isso foi o que mais me marcou: os engenheiros da Meta te ajudam sempre que podem, e se não podem, eles te indicam a pessoa certa.
Minha mentora também contribuiu muito para o meu sucesso. Ela me dava muitos insights de como trabalhar em uma companhia grande, de como conseguir realizar uma apresentação adequada e como definir meus próprios objetivos e ter êxito.
E, finalmente, não subestimei o trabalho daqueles que não são engenheiros. O sucesso do meu estágio se deu ao fato de ter me unido às equipes de marketing e arquitetos de soluções que tinham muito conhecimento de nossas atividades.
Como foi a transição de estagiário a funcionário efetivado de tempo integral? Como foi o seu processo de onboarding?
Emily: Minha transição teve lugar em fevereiro logo que a COVID-19 começou a se espalhar pela Europa. Basicamente, ninguém sabia o que ia acontecer e estávamos todos ansiosos. Mas o processo em si de integração na companhia foi bem estruturado, levando cinco a oito semanas para aprender a estrutura na Meta e escolher o time.
Do ponto de vista de aprendizado, você pode escolher uma área dominante entre infraestrutura, produto ou dispositivos móveis. Eu escolhi infraestrutura já que é o que gosto mais. Aprendi tanto naquelas primeiras semanas! É durante esse tempo que você tem a oportunidade de realizar tarefas pequenas para o time de engenharia e aprender mais sobre eles. Por exemplo, eu aprendi o sistema Rust para poder aprimorar o Software de Controle de Fonte que usamos na Meta.
Poder escolher o time onde se pretende ficar um tempo é, provavelmente, uma das maiores vantagens de se trabalhar na Meta. Você irá conhecer seu gerente e colegas, e os problemas sobre os quais vai se debruçar durante aquela experiência. Existe um time para todo mundo na Meta.
Ricky: A transição foi suave já que eu estava bem familiarizado com a Meta e as tecnologias utilizadas em Oculus, assim como já havia trabalhado em equipes cross-funcionais dentro desse time. Basicamente, a Meta faz um ótimo trabalho em integrar novos funcionários através do processo de treinamento. Nesse processo, somos introduzidos à cultura Meta, às tecnologias e ao programa BFF que nos permite conhecer os outros novos integrantes. Isso nos dá o tempo que precisamos para nos sentirmos confortáveis em trabalhar com as tecnologias da Meta, navegar o campus e conhecer novas pessoas.
No que você está trabalhando hoje que te deixa animado ou te inspira?
Emily: Eu trabalho no Workplace, que é uma plataforma colaborativa de trabalho usada internamente mas também por milhares de pessoas em outras empresas. Eu acabei de começar em uma nova equipe de infraestrutura, onde estamos tentando desenvolver em escala as tecnologias atrás do Workplace para gerir de forma eficiente empresas de grande porte e possibilitar a equipe de produto entregar novos recursos em escala.
Ricky: Hoje estou na equipe Guardião de Oculus, mantendo as pessoas seguras em ambientes virtuais por meio de ferramentas que permitem navegar sem medo no mundo real. Recentemente começamos a analisar os aplicativos de Realidade Mista para tecnologia Passthrough que permite expandir o valor RV para além de jogos e entretenimento para incluir produtividade. Estou muito animado para ver como Realidade Virtual e Oculus Quest poderão vir a ser desenvolvidos para uso em uma plataforma computacional geral.
Qual a recomendação que você tem para engenheiros procurando estágio na Meta?
Emily: Eu acho que a coisa mais importante que eu teria para dizer é que ter um diploma de ciência da computação não é uma exigência para se trabalhar na Meta. Conforme eu disse antes, sou graduada em física e química, e um dos meus colegas é formado em administração. Isso dito, é importante você mostrar que entende de linguagem de código e que gosta de fazer isso.
Na sua entrevista, e na sua carreira de engenharia, o aspecto mais importante que você deve dominar é a comunicação. Trabalhar com centenas de engenheiros em um mesmo projeto é difícil, e é a comunicação que mais ajudará a alcançar seus objetivos. Realce a sua capacidade de comunicação no processo de entrevista: sempre esclareça o que está fazendo e o porquê. Não é nenhuma desvantagem você explicar cada passo do seu raciocínio na resolução de problemas – isso até ajuda o entrevistador em lhe dar uma dica se você emplacar em algum momento.
Ricky: Recomendo praticar entrevistas técnicas utilizando o sistema Pramp ou com colegas Pesquise sobre a empresa e faça perguntas durante a sua entrevista que demonstre seu interesse no produto e os planos futuros da organização.
Estamos com posições de estágio abertas.